sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Devaneios I - Sobre o Tal do Amor

Texto escrito pela Pricila Souza:



   Hoje em dia o amor anda público demais, acessível demais e banalizado demais. Qualquer um consegue chegar ao apogeu do sentimento, mesmo que seja em uma hora, e por uma hora apenas. Com a velocidade com que o canal da TV é trocado assim são os amores e desamores atualmente. Para suprir todas as declarações e os “pra sempre” seriam necessárias umas 5 eternidades, por semana, no mínimo.
    Acho que essa coisa de amor é muito relativa, entra na categoria de “ciências que ninguém nunca vai entender”, pois amor não pode ser de exatas, muito menos de humanas, é completamente inexato, sobre-humano e, muitas vezes, chega a ser até desumano.
    O grande problema nessa história toda é a inequação, um dos lados sempre vai ser maior, um dos lados sempre vai se dedicar mais, e vai sofrer mais, consequentemente.O grande segredo é vc sempre ser a parte menor, não que eu defenda a falta de amor, de dedicação e coisa e tal, só alerto pra que o seu zelo seja menor que o do outro, um tantinho menor já basta. Um tantinho menos de sofrimento já não é um sofrimento inteiro e, acredite, isso faz diferença.
    Você quer uma história mágica, mas sem final feliz? Chame alguém de “amor da minha vida”. Quer ter uma história um pouco menos fantástica, ter uma felicidade moderada e uma vida tranqüila? Faça com que alguém te chame de “amor da minha vida”, e principalmente saiba administrar isso.
    Em matéria de sentimento temos que ser o sujeito passivo. Encontre alguém que te ame e ai sim, se permita sentir, nunca o contrário, pois mesmo que o salto seja perfeito, que os ventos estejam à favor e que a vista seja linda, nunca teremos o controle das asas que nos fazem voar, e o impacto quando estamos em queda livre é muito, muito grande.

Pricila Souza

Sobre a Autora:
Fernanda Rossi 22 anos. Leonina. Designer de interiores, apaixonada por decoração. Futura garota da kombi piscodélica. Psuedo desenhista e amante da fotografia.

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